domingo, 8 de abril de 2018

Bloqueio de disjuntores é uma das medidas de prevenção de acidentes com eletricidade

Como bloquear disjuntores de forma segura e eficiente?
(João Marcio Tosmann*)

Artigo reproduzido com autorização da TAGOUT Bloqueio e Etiquetagem.


Um dos procedimentos que exige maior atenção durante a manutenção preventiva ou corretiva nas indústrias é como realizar o bloqueio de disjuntores de forma correta e segura. Isso porque a proteção dos funcionários é dever da empresa e um tema que precisa ser levado a sério por toda a equipe – da manutenção aos operadores de máquinas, que também mantêm contato próximo com os equipamentos.


Os dispositivos de bloqueio de disjuntores servem para impedir o religamento mecânico e elétrico de máquinas, equipamentos ou painéis elétricos durante o período de manutenção. São considerados Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) – que instalados e utilizados no ambiente de trabalho, servem para proteger os trabalhadores em relação aos riscos coletivos existentes nos processos.

Os EPCs são importantes na rotina de uma indústria pois ajudam a evitar acidentes, já que não dependem da atitude do funcionário para que sejam eficazes. Por isso, as medidas de proteção coletiva são prioridade e estão de acordo com as normas regulamentadoras NR-4, NR-10, NR-12 e NR-33, a fim de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.


Além da proteção ao trabalhador, os EPCs também contribuem para a redução significativa ou eliminação total dos custos diretos e indiretos gerados por consequências de acidentes do trabalho.

Tipos de Disjuntores


O disjuntor é um dispositivo eletromecânico que protege determinada instalação elétrica contra possíveis danos relacionados a sobrecargas elétricas, curto-circuitos e falta de fase. Sua função é controlar a corrente elétrica e interromper a sua circulação, desarmando o disjuntor, caso haja picos de energia que ultrapassem o adequado, a fim de evitar a queima da máquina ou equipamento e até incêndios.


No mercado, existem diversos tipos de disjuntores, desde os utilizados nas residências até os que controlam a energia elétrica de unidades industriais, com circuitos de alta tensão.

Para cada tipo de disjuntor, é recomendado um tipo de bloqueio.

Independentemente do tipo de disjuntor a ser bloqueado, o importante é que os técnicos envolvidos na manutenção dos dispositivos tenham conhecimento e segurança para cumprir as normas. Conheça algumas soluções:

# 1 – Dispositivos de Bloqueio Universal para Disjuntores (DBU)

O Dispositivo de Bloqueio Plástico Universal para Disjuntores (DBU) é utilizado para bloquear disjuntores que atendem a norma DIN monopolar, bipolar e tripolar, NEMA e Disjuntor Caixa Moldada. Ele é composto por uma capa de plástico ABS vermelho, com base de nylon rígido preto, um parafuso de latão de fixação manual e um orifício para colocação do cadeado frontal ou lateralmente.

Pode ser aplicado no disjuntor facilmente de acordo com a NR-10. Para isso, basta colocar o disjuntor em modo off, colocar o DBU na manopla e, com a chave de fenda, apertar o parafuso até fixar bem. Para complementar, deve-se colocar o cadeado de bloqueio e a etiqueta de identificação.

# 2 – Dispositivos de Bloqueio para Disjuntor DIN (DBDD)

O Dispositivo de Bloqueio para Disjuntor Norma DIN (DBDD) pode ser usado como trava para disjuntores norma DIN monopolar, bipolar e tripolar. Para ser colocado deve-se desligar o disjuntor (modo off) e inserir o dispositivo no interruptor do disjuntor, juntamente com o cadeado e a etiqueta de bloqueio.


# 3 – Garras de bloqueio

https://www.tagout.com.br/img/produtos/media/garra-plastica-GP6F216BC-fechada.jpg

As garras de bloqueio são ideais para o travamento disjuntores em geral. Os seis furos da garra de bloqueio permitem que até seis profissionais bloqueiem uma única fonte de energia. A garra é feita de material rígido, resistente à alta temperatura e não condutor elétrico.

A utilização do mesmo bloqueio por mais de um técnico assegura que a máquina ou equipamento permaneça bloqueado até que todos os envolvidos na manutenção ou inspeção tenham concluído as suas atividades. Para isso, cada funcionário de manutenção coloca o seu cadeado e sua etiqueta de identificação em um dos seis furos da garra de bloqueio. O equipamento só é liberado depois todos os envolvidos tenham concluído e retirado seus respectivos cadeados e etiquetas, aumentando a segurança e eficácia do processo de bloqueio.

É recomendada para o bloqueio de disjuntor do tipo Motor. Para isso, deve ser aplicada com a manopla do disjuntor em modo off. A garra deve ser colocada no ofício do disjuntor, juntamente com o cadeado e a etiqueta de bloqueio.

# 4 – Cadeados de bloqueio




Assim como as garras de bloqueio, o cadeado de bloqueio serve para impedir o religamento de máquinas, equipamentos ou painéis elétricos durante o período de manutenção. Somente desligar a máquina e realizar a manutenção é muito perigoso, já que outra pessoa pode religar a máquina a qualquer minuto, enquanto o funcionário está fazendo a manutenção.

Os cadeados de bloqueio com corpo plástico são especiais para manutenções industriais, garantindo ao técnico maior segurança. Além do corpo plástico não condutor, os cadeados de bloqueio possuem cilindro com seis pinos de segurança, garantindo ao técnico que somente a sua chave é capaz de abrir seu cadeado.


# 5 – Sinalização de bloqueios elétricos


Os cadeados de bloqueio devem estar acompanhados da sinalização de bloqueio adequada, como a etiqueta de bloqueio contendo o horário e a data do bloqueio, o motivo da manutenção e o nome do responsável. Isso garante maior segurança a todo o processo.

*Sobre o autor: João Marcio Tosmann é formado em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica, pela PUC-RS, com pós-graduação em Administração Industrial pela USP e MBA em Marketing pela ESPM.

Possui experiência em projetos de manutenção industrial e logística em autopeças. Atuou como membro da diretoria do Complexo Industrial Automotivo General Motors (CIAG) e líder de projetos de novos veículos como Celta (General Motors) e EcoSport (Ford). Atualmente é diretor da Tagout, indústria de produtos de Bloqueio e Etiquetagem que oferece consultoria, treinamento e elaboração de procedimentos para implantação do Programa de Controle de Energias Perigosas (PCEP).

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